I-Juca-Pirama - Antônio Gonçalves Dias
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Sinopse
O poema épico de estilo indianista I_Juca_Pirama de Antônio Gonçalves Dias, é dividido em dez cantos, em versos alexandrinos e decassílabos.
Ele relata a história de um guerreiro tupi, aprisionado por uma tribo antropófaga dos Timbiras e que, sacrificando a sua honra ao pedir clemência na hora da morte, prefere passar por covarde de modo a cuidar do seu pai, velho, doente e cego. O pai, ao rever o filho e ao cheirar a tinta com que este está ungido para efeitos de sacrifício, e perceber a calva de prisioneiro, fica envergonhado da covardia do filho e envia-o de volta para a tribo Timbira.
O índio leva seu pai consigo para presenciar a consumação do ritual. Contudo, muito triste e consumido pela vergonha do filho fica o velho ou ouvir do chefe Timbira que eles não o desejavam mais porque havia provado ser covarde e não digno de ser sacrificado.
O velho, irado, pragueja uma sequencia de desgraças para o filho, que manchara a honra e o nome na raça Tupi. O filho, não podendo suportar o ódio do pai, se enche de valentia e num subto ato, declara ataque a toda a tribo Timbira. O cego reconhece o brado do filho, e ouvindo os barulhos da que se formou entendeu que o filho lutava com bravura.
A confusão acabou quando o chefe Timbira gritou:
"— Basta, guerreiro ilustre! Assaz lutaste, E para o sacrifício é mister forças. — "
Ouvindo isso, o velho Tupi caiu em choro copioso. Choro de alegria.
O caso virou história contada nas noites por um velho Timbira.
Prólogo
No meio das tabas de amenos verdores, Cercadas de troncos – cobertos de flores, Alteiam-se os tetos d’altiva nação; São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, Temíveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extensão.
São rudos, severos, sedentos de glória, Já prélios incitam, já cantam vitória, Já meigos atendem à voz do cantor: São todos Timbiras, guerreiros valentes! Seu nome lá voa na boca das gentes, Condão de prodígios, de glória e terror!